O filme não é sobre o Moisés bíblico nem o Êxodo judaico, mas sobre como pensa o cineasta Ridley Scott. O filme não tem a cosmovisão bíblica. Ridley Scott é, sem dúvida, um grande mestre das artes visuais, basta lembrar do filme Gladiador em 2000. E os efeitos do seu atual filme são dignos do orçamento de milhões de dólares, um show a parte.
Scott já havia dito à imprensa americana que não seria ortodoxo em fazer um filme bíblico. E realmente ninguém deve esperar isso, deve-se esperar apenas uma aventura épica. Ao estilo do clássico Odisseia ou Gladiador. É uma aventura que retrata seu herói desejando voltar para casa.
Contudo, colocar o Deus de Moisés como uma criança não parece ser muito respeitoso. Com certeza ele não colocaria o deus de Maomé dessa forma, pois teria que mudar seu estúdio para a lua. Se você não se importa como o seu deus é tratado, que deus é o seu? Não adianta ninguém dizer que “é só um filme” e que não deve ser tão criticado. Mas não é qualquer filme, é um filme que distorce um livro sagrado e merece ser colocado em seu devido lugar.
O cineasta se define como um agnóstico (uma forma de ateísmo sofisticado). Mas nega que tenha colocado sua lente para criar a personagem Moisés. Ele disse que apenas se colocou no lugar de Moisés. Quem acredita? (rs). O Moisés do filme é o espelho do diretor.
Segue uma lista de alguns aspectos da lente do cineasta Ridley Scott:
1. Deus é figurado como uma criança birrenta e temperamental (um tipo de Ben 10). Uma forma de ridicularizar Deus.
2. Moisés é retratado como um homem frio, bárbaro e esquizofrênico.
3. Moisés é pintado como um líder terrorista contra o Império Egípcio. Tendência anti-israelense de esquerda dos cineastas de Hollywood? (Paradoxalmente o diretor é acusado de sionista pelos egípcios).
4. Biblicamente, Moisés não era um general a serviço do Egito. Acho que essa ideia de general veio do filme Gladiador.
5. Faraó amava mais Moisés, como filho adotivo, do que a seu filho verdadeiro, Ramsés. Esta ideia derivou do filme Gladiador?
6. Deus é apenas uma metáfora e os milagres ganham explicações naturalistas. Mas a Bíblia não negocia as passagens sobre milagres.
7. O Mar Vermelho não abre. Acontece um efeito tsunami ou maré baixa.
8. A Lei de Deus foi gravada por Moisés, enquanto a Bíblia diz que foi escrita pelo dedo de Deus.
9. O roteiro é tendencioso ao humanismo secular, ao ateísmo e agnosticismo.
Fonte: Frases Protestantes