Uma mulher entrou no meu escritório alguns dias atrás. Ela estava quase-vestida, usando apenas sutiã e calcinha. Só tem uma mulher no mundo que tem o direito de estar comigo vestida assim: minha esposa. Mas esta mulher que entrou no meu escritório alguns dias atrás não era minha esposa. Eu fiquei muito constrangido.
Constrangida ela não ficou de forma alguma. Vamos chamá-la de “Sem-Vergonha”. A Sem-Vergonha não ficou constrangida, pois ela engoliu a mentira da nossa sociedade moderna. Esta mentira diz o seguinte: se o sutiã e a calcinha estiverem da mesma cor e feitas de um tecido que se pode usar na água, então não são roupas íntimas — são roupa de banho.
Foi assim que ela entrou no meu escritório: pela tela do meu computador.
Eu tenho centenas de “amigos” no Facebook que mal conheço. Aceito qualquer solicitação de amizade de pessoas que se declaram cristãs, pois quero ampliar minha rede de contatos com pessoas crentes para promover o trabalho de várias entidades e instituições reformadas com as quais trabalho. Quando um contato no Facebook posta coisas indecorosas ou promove pensamentos, atitudes ou atos não-cristãos, eu apago logo.
Quero compartilhar com você as razões pelas quais eu apaguei a Sem-Vergonha.
1. O corpo dela pertence ao seu marido (1 Cor. 7:4). Se ela não estiver casada, ela deve guardar o corpo dela para o seu futuro marido. O corpo dela não é para ser exposto para o mundo inteiro ver; muito menos para ser exposto na tela do meu computador.
2. Ver o corpo de uma outra mulher não promove minha santificação nem edifica o meu casamento (Prov. 5:15-20; Jó 31:1). Deus criou o homem de tal forma que ele experimenta uma reação muito forte quando vê o corpo de uma mulher. Esta reação dentro do casamento é linda e promove o verdadeiro amor. Fora do casamento, é vergonhosa e traz destruição e tristeza. Neste mundo atolado na imoralidade e perversão sexual, é necessário muita vigilância para o homem guardar a sua pureza sexual. Quando outras mulheres se apresentam quase despidas diante dos olhos de um homem, isto em nada ajuda nesta luta contra o pecado.
3. Se apresentar em público descoberta é uma negação da obra de Cristo (Gen. 3:21, Isa 61:10, Eze. 16, Apoc. 3:18). Quando o homem caiu em pecado, a sua nudez foi exposta. Deus deu roupas para cobrir a vergonha de Adão e Eva. Um animal teve de morrer para que a nudez deles fosse coberta. Isto foi uma pregação da obra de Cristo, que ficou exposto e nu na cruz, tomando para si a nossa vergonha, e derramando o seu sangue para que sejamos cobertos com as roupas brancas da justiça do Cordeiro. A forma que nós nos vestimos reflete algo sobre o nosso entendimento do evangelho. Quando homens e mulheres cristãos expõem seus corpos publicamente, estão de uma certa forma apagando a manifestação do poder da obra de Cristo em suas vidas. Em vez de se vestir em traje decente, com modéstia e bom senso, eles imitam o mundo que se gloria na sua vergonha.
Uma mulher entrou no meu escritório alguns dias atrás. Ela estava quase-vestida, usando apenas sutiã e calcinha. Só tem uma mulher no mundo que tem o direito de estar comigo vestida assim: minha esposa. Mas esta mulher que entrou no meu escritório alguns dias atrás não era minha esposa. Eu fiquei muito constrangido.
A coisa triste é que muitos que se dizem seguidores de Cristo acharão esta reação radical demais. Tem uma razão por isto: estamos tão atolados no mundanismo que nem percebemos. O Cristianismo superficial e mundano dos nossos dias produz cristãos superficiais e mundanos. O Cristianismo ensinado por Cristo e os apóstolos, contudo, é uma total transformação da vida em todos os aspectos, acompanhado por um compromisso radical com a santidade. Se a única diferença entre o mundo e a Igreja é que estes estão do lado de dentro da parede da igreja, e aqueles do lado externo, então não conhecemos o verdadeiro Cristianismo que proclama: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Cor. 5:17)
O título do artigo é uma referência à 2 Timóteo 3:6
Título original: Facebook e o 7º Mandamento
Fonte: Reforma Hoje