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Cem por cento de conversões

cem-por-cento-de-conversoesMetodologia pode regenerar homens?

Qual foi o missionário mais eficaz da história? Que métodos ele usou? Como ele obteve sucesso absoluto? Que abordagem o levou a esse sucesso?

Em que a história do missionário mais eficaz da história do povo de Deus pode nos ajudar hoje? Onde a história dele nos faz colocar nossa confiança na regeneração, na transformação de homens em novas criaturas?

Na verdade sua história proclama e ensina o poder do Chamado Eficaz ou um novo método desenvolvido por ele? Um método novo e eficaz?

Conseguir a taxa de cem por cento de conversão é algo único. Pregar e uma cidade inteira se converter, não só é algo único, mas também nos mostra onde está o poder que regenera os homens.

O sucesso dele está ligado a algum método? Está ligado a alguma abordagem perspicaz? Está, para usar a palavra da moda, na boa ‘contextualização’ que ele fez? Ele depois disso escreveu algum livro recomendando seu método, atribuindo assim ao método, o sucesso obtido? Como fazer uma cidade inteira se transformar na igreja – seria um bom título?

Não! Ele era um cara muito estranho. Não gostava do que fazia, não gostava das pessoas para quem pregava, torcia para que elas não se convertessem… A mensagem foi curta, não foi simpática, não foi contextualizada. Então você pergunta: “como ele pode ter sido o missionário mais eficaz?”

A mensagem dele era: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3.4). Pelo menos temos que admitir que foi bem objetiva e sucinta. Diga a verdade, você esperaria que uma mensagem assim poderia produzir algum efeito no coração de um povo que era de uma cultura completamente diferente da dele (Assíria)? Sem uma contextualizada pelo menos?

Os Assírios estavam nas trevas do paganismo. Eles eram uma potência militar que oprimia Israel (eis o motivo do ódio do missionário por eles) – como isso poderia dar certo? Que método de abordagem e contextualização (de algum escritor famoso) você usaria na cidade de Nínive e conseguira o sucesso completo que Jonas conseguiu? Se conhecer algum que ache que funcionaria, por favor mande para meu email ([email protected] ) – estou louco para conhecer.

O que pode ter feito a diferença de tal maneira que nunca mais ninguém conseguiu a taxa de sucesso de Jonas? Como eu disse, os Assírios eram pagãos, não tinham nenhum conhecimento de Deus e do ‘jargão’ judaico de culto. Nínive não ouviu um grupo de missionários durante muito tempo, mas apenas um missionário por um tempo curtíssimo, com uma mensagem curtíssima e extremamente dura. Não parece a receita para ninguém se arrepender verdadeiramente, pelo contrário, parece o passo a passo para o fracasso.

Nínive ouviu aquele profeta apenas uma vez, ao ar livre, e com um sermão monótono. Nínive não ouviu nenhuma palavra de boas-novas. Nínive ouviu apenas o trovão da Lei que os condenava e nada mais. O incrível é que a obediência (como nunca antes e nunca mais depois) foi imediata, universal, prática e aceitável ao coração de Deus de tal maneira que toda a cidade foi poupada.

Quanto mais você olha a mensagem mais você crê no Chamado Eficaz! – A mensagem do profeta não foi encorajadora.

1. A mensagem não proclamava nenhuma promessa de perdão.

2. A mensagem sequer mencionou o arrependimento – essa palavra não estava lá. Em conseqüência, não ofereceu esperança para ninguém, mesmo que por acaso estivessem com corações penitentes.

3. A mensagem predisse ruína esmagadora debaixo da ira de Deus ( Um Deus que não era conhecido pelos Assírios – e nem foi sua mensagem ‘contextualizada’ para eles) – É óbvio que Jonas falou com palavras que todos podiam entender: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” – mas quando se fala hoje em contextualizar, não é falar numa linguagem clara que todos os homens racionais possam entender. É muito mais do que isso. E pior ainda – é utilizar paixões e preferências que os homens já tem para tentar ‘regenerá-los”. A mensagem foi esmagadora e final “Nínive será subvertida”. A mensagem começou e terminou ameaçando.e4. A mensagem mencionou uma data se que aproximava velozmente: “Ainda quarenta dias”.

O profeta não ajudou em nada na esperança daquelas pessoas. Jonas não foi um pastor amável, terno, ansioso por ver conversões, desejoso em resgatar ovelhas perdidas…

Jonas não gostava do ministério em que estava engajado. Ele havia fugido para não pregar aquele povo. Ele não queria que eles se salvassem. Ele desincumbiu a tarefa, sem dúvida, de forma áspera e dura.

Jonas não proferiu nenhuma palavra de amor simpático, pois ele não tinha nenhuma simpatia por eles. Ele desconhecia, naquele lugar, um coração amoroso que prega.

Jonas não fez nenhuma oração sincera, amorosa ou cheia de compaixão por aquela cidade. Pior do que não ter orado, ele ficou enfurecido quando o povo começou a se arrepender. Ele ficou irado com a idéia da cidade ser poupada por causa de um arrependimento sincero de todas as pessoas. No entanto toda a cidade se converteu. Se converteu de tal maneira que serviu de exemplo de arrependimento nos lábios de Jesus contra a própria nação de Israel. Toda a cidade de Nínive se arrependeu do maior ao menor. Do rei ao mais pobre súdito. Não é inacreditável? Nunca mais um missionário conseguiu tamanho sucesso –100%!!!! – Nós vibraríamos de alegria! – mas Jonas ficou tão triste que pediu a morte.

O que é isso? (Mesmo contra toda má vontade do profeta) Isso fala sobre o que é regeneração – uma operação miraculosa e soberana do Espírito Santo: “Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. (Jo 1.13) – Isso é chamado eficaz. Contra toda perspectiva, contra o desejo do próprio pregador – Porque “assim Deus quis”. Isso não traz nenhuma justificativa ao profeta imaturo que Jonas era – ele foi terrivelmente confrontado por Deus – Pois apesar de fazer o que Deus mandou – não fez como Deus mandou. Mas a regeneração foi e é uma obra de Deus. Não 95% de Deus e 5% creditada ao homem e suas estratégias. Estratégias humanas – como com Abraão – só podem gerar filhos da carne como Ismael e não filhos da Promessa como Isaque.

Olhe rapidamente um exemplo oposto – Jesus. Que coração terno, que coração interessado nos pecadores, que amor perfeito, que entrega total, que obediência ao Pai. O Pai o enviou – ele não fugiu como Jonas – o coração de Cristo é cheio de amor salvador. Ele não estava numa terra estrangeira. “Ele veio para o que era seu…”

Ele pregou cheio de amor como só o Salvador, o Cordeiro de Deus pode ter. Ele pregou em sua cidade, na sua cultura. Qual foi o resultado? O oposto ao de Jonas. Não cem por cento, mas ninguém. Jesus pregou da maneira mais perfeita que um homem pode pregar – quem poderia pregar melhor, mais perfeitamente, com um coração mais puro e íntegro que o próprio Filho e Cordeiro de Deus?

Será que Jesus errou em sua abordagem? Será que errou na ‘contextualização’? Será que Jesus falhou com sua cidade em pregar de uma maneira que eles entendessem? Será que ele devia sentar e pensar numa nova abordagem? Numa nova estratégia? Uma estratégia para os jovens da sua cidade – Ele mesmo era jovem! Quem sabe uma outra estratégia para os adultos mais velhos? Será que ler algum livro dos nossos dias sobre esses temas o teriam ajudado a ser um pregador mais relevante? Afinal, por que ninguém creu? Poderíamos fazer coro com o profeta: “Quem deu crédito a sua pregação?” – Jesus pregou e fez milagres inacreditáveis em Cafarnaum – Eles viram coisas e ouviram uma mensagem que nem de longe o povo de Nínive ouviu e viu – e o resultado foi o oposto.

Não precisamos quebrar a cabeça para saber o motivo. Não precisamos pensar que se Jesus lesse algum livro sobre contextualização Ele poderia ser mais eficiente em Cafarnaum. Qual é a resposta do próprio Jesus a essa cidade que não creu, agindo de maneira oposta a de Nínive com a dura e insensível mensagem de Jonas? Jesus orou. O que Ele diz em sua oração? Seria: “Ó Pai, me dê uma nova estratégia. Me capacite contextualizar a mensagem de tal forma que ela seja mais eficaz e relevante para Cafarnaum”? Não! Essa poderia ser a oração da nossa geração – que acredita na capacidade humana de ter estratégias que podem ressuscitar os que estão mortos espiritualmente.

Como Jesus orou? “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e asrevelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, pois assim foi do teu agrado” (Mt 11.25).

Ah!Ele pregou a Verdade e confiava na Soberania do Pai! Por que não fazemos o mesmo? – seremos mais eficazes colocando sobre nós uma atribuição – Ressuscitar mortos – que só pertence a Deus? Diz a verdade, você conhece métodos que poderiam ser empregados agora no cemitério mais perto da sua casa que ressuscitasse os cadáveres que lá estão? A morte espiritual amigo, é algo muito mais profundo que a física – como pode então métodos trazerem vida? Jesus quando andou aqui como um homem, pregou a verdade e deixou com a soberania do Pai ressuscitá-los ou não. Isto não é a única coisa sábia a ser feita? Não é arrogância ir além disso?

Por ‘acaso’ no livro de Jonas está um dos versos famosos na proclamação da Soberania de Deus nas doutrinas da Graça:“Do Senhor vem a Salvação!”.

Preguemos tão sabiamente como Jesus fez. Preguemos tão amorosamente como Jesus fez. Preguemos com toda fidelidade a Verdade de Deus mesmo quando ao homem natural ela não pareça ser o melhor método para ‘ganhar homens’ – e depois oremos como o Filho de Deus: “Graças te dou, ó Pai… Sim, ó Pai, pois assim foi do teu agrado”– E Cafarnaum não havia crido.

Obs: Métodos humanos podem conseguir adesão? Não há a menor dúvida, basta olharmos como todas as religiões estão cheias de homens contando alguma experiência. Mas a pergunta é: Pode regenerar homens? Pode produzir novo nascimento?

Soli Deo Gloria!!