“E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.” (Gn 2:23)
Alvin Tofller, um futurólogo, escreveu em O Choque do Futuro na década de 70, do século passado, que a família, como a conhecemos, sofreria pressões muito fortes, de tal maneira que se acomodaria em novos arranjos. Os casais se ajuntariam por um prazo de cinco anos e se não dessem certo dissolveriam a relação. Os filhos gerados ficariam ao encargo do estado que os encaminhariam para famílias estruturadas. Na década de 30, do mesmo século, o estado socialista tentou acabar com a família tradicional, pois, achava que era um componente do capitalismo, mas se viu obrigado a retroceder e afirmar o modelo tradicional familiar, pois viu que os resultados não eram benéficos para a nação.
Tofler acertou quando disse que a família sofreria pressões. As diversas mídias, terapeutas, artistas e personalidades, dentre outros, bombardeiam a família como se ela fosse o centro dos problemas sociais. A infidelidade conjugal e o divórcio são saudados como um processo libertador.
Mas mesmo assim ainda milhares de casais sobem aos altares de diversas igrejas e celebram o casamento e a constituição de uma nova família. Milhares de outros casais se esforçam com inteligência para que seus lares não venham a se desintegrar. Precisamos lembrar que a família tem sua origem em Deus. Deus, em Sua forma existencial, não é um ser solitário ou egoísta. Ele vive na mais perfeita comunhão com o Filho e o Espírito Santo. Assim sendo, o nosso modelo é o próprio Deus. Por mais que o homem lute contra este fato, ele ainda se impõe por si só.
Família ainda é uma grande ideia. Ainda os filhos têm em seus pais os melhores modelos. O complemento do homem é a mulher e vice-versa. Ainda a família é o primeiro núcleo socializador para a criança. Ali é onde a criança aprende a respeitar as autoridades e adquirir valores duradouros para a vida.
Por termos um alto índice de divórcios, estamos vivendo, em parte, a desintegração social, quebra de valores e a banalização da vida. Deus, quando idealizou a família, sabia que era o melhor para a raça humana.
Quanto mais a família for bombardeada e desvalorizada mais veremos o mal crescer nas mais diversas formas. A pesquisa mostra que adolescentes que gozam da presença do pai iniciam a vida sexual mais tarde. Quando a família é valorizada os filhos sentem os resultados ao longo da vida, pois, serão mais confiantes, persistentes e equilibrados, menos propensos à depressão e saberão atuar com equanimidade diante das crises da vida. Precisamos ver a família como uma grande oportunidade de crescimento e cura. O fortalecimento e incentivo encontrados em uma família equilibrada geram crescimento pessoal e cura para muitas crises emocionais. No convívio do lar podemos adquirir princípios vencedores que nos auxiliarão nas tomadas de decisões.
Acredito que algumas posturas poderão ser assumidas pelos participantes de uma família:
- Valorização pessoal – Valorize os seus para si mesmo e diante dos outros.
- Menos crítica – Por que criticar se posso valorizar?
- Bom senso diante das crises – Não procure encontrar culpados, mas procure as soluções.
- Respeito – Podemos discordar de ideias, mas precisamos respeitar o ser humano.
- Perdão – Precisamos dar e receber perdão. Isso traz cura para dentro do lar.
- Misericórdia – Calçarmos o sapato do outro para tentar irmanar com sua dor ou crise.
- Amor – “Quem não demonstra que ama, realmente não ama”. W. Shakespeare
- Lazer – Família que não têm lazer junto termina.
- Culto Doméstico – Trazendo Deus para nossos lares.
Famílias bem estruturadas facilitam o trabalho do estado, fortificam a malha social e trazem equilíbrio pessoal.
Soli Deo Gloria
Fonte: Ministério Força Para Viver