“Eu entendo mais do que todos os meus professores porque medito nos teus ensinamentos.” (Salmos 119:99)
Recentemente um colega não-cristão me perguntou se eu já havia praticado meditação e o que eu pensava a respeito do assunto. Foram duas perguntas interessantes, e uma boa oportunidade para anunciar-lhe o Evangelho, e refutar alguns conceitos errados que ele tinha.
Comecei minha resposta com uma pergunta: “A que tipo de meditação você se refere?”, ao que ele me respondeu: “Meditação, oras!” e continuou me falando sobre o que eu já estava supondo, ou seja, ele estava se referindo à meditação transcendental, bem ao estilo das religiões orientais pagãs.
Em nossa sociedade atual, quando se fala em meditar, logo as pessoas lembram de monges budistas ou sacerdotes hinduístas sentados naquela posição característica e recitando seus mantras. Porém, isso nada tem a ver com a meditação cristã. No cristianismo, meditar não é esvaziar a mente como fazem os orientais pagãos, mas encher a mente. Enchê-la com a Palavra de Deus. Como diz o salmista:
“Eu fico acordado a noite inteira para meditar na tua palavra.” (Salmos 119:148)
Meditar é refletir, é passar tempo pensando e raciocinando com base nas Escrituras. É um exercício mental de rever nossos conceitos, analisar nossas vidas e tomar decisões em harmonia com o que Deus nos revelou na Bíblia. São os momentos que paramos e perguntamos a nós mesmos:
“Isso que estou fazendo está de acordo com meu caráter cristão?”
“Essa é a melhor escolha a fazer?”
“Há alguma área da minha vida que precisa ser corrigida à luz dos mandamentos de Deus?”
“Tenho algum pensamento ou conceito que precisa ser mudado?”
“Qual a maneira certa de agir nesta situação pela qual estou passando?”
A meditação cristã deve estar acompanhada de leitura da Bíblia e oração. Precisamos estar familiarizados com o conteúdo intelectual da Bíblia, de forma que nossa mente raciocine clara e logicamente, aplicando os princípios bíblicos de maneira coerente às situações específicas pelas quais passamos.
E, para isso, orar é fundamental. Devemos rogar a Deus por iluminação do Seu Espírito, para que possamos compreender corretamente a Escritura e ver as coisas de maneira nítida. O apóstolo nos ensina que: “se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.” (Tiago 1:5)
Enfim, meditar deve ser nosso hábito diário, um exercício contínuo no qual nossa mente vai se adequando às justas e santas verdades cristãs, pois “… a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4:18)
Que Deus, através do Seu Espírito, nos guie por Sua Palavra.