A criação ex-nihilo (a partir do nada), implica duas coisas:
Primeiro: não existia nenhum poder antecedente para impulsionar Deus; nem ninguém para fazer-lhe sugestões ou alterações em seus planos. Muito menos alguém para frustrar-lhe os propósitos. Deus estava sozinho e podia fazer tudo o que lhe agradasse.
Segundo: após Deus criar algo, o objeto não possuía autoridade para questionar: “Por que me fizeste assim?”. Uma garriça não tem o direito de reclamar por não ser um elefante. Deus decidiu criar o mundo, e este, por definição, inclui diferenças. Objetos diferentes não têm o direito de questionar Deus pelas características recebidas ou não. Ele não deve satisfação a ninguém. Deus distribui asas, patas, chifres e cérebros da forma que julgar apropriada.
Ninguém pode exigir nada de Deus. Vários itens do parágrafo anterior são apresentados com mais ou menos detalhes em toda a Bíblia. Eles estão incluídos na doutrina da criação. Esta verdade implica o controle absoluto e soberano do Criador sobre a criatura dependente. E controle completo é predestinação.
O homem não possui direitos intrínsecos! Sejam quais forem os “direitos” relativos aos seres humanos, embora o termo não seja apropriado — como ocorre com as características humanas –, eles lhes foram outorgados por Deus. O Criador pode conceder, reter ou privar-lhes dos direitos que desejar. Não importa o que seja concedido ao homem, isso não lhe pertence por natureza. Ninguém pode requerer nada do Criador.