Por certo estamos plenamente cônscios do quanto somos homúnculos paupérrimos e abjetos — em face de Deus, pecadores miseráveis; à visão dos homens, muito desprezíveis, espécie de excrementos e dejetos do mundo, ou o que de mais vil possa ser nomeado — de sorte que não reste, para nos gloriarmos junto de Deus, nada além de sua misericórdia, para que não sejamos admitidos à esperança da salvação eterna por nada que seja mérito nosso; não há desse modo, junto dos homens, muito mais que nossa enfermidade, a qual, para eles, é uma suma ignomínia indicar ou confessar. Mas é preciso que nossa doutrina seja elevada acima de toda a glória do mundo e permaneça invencível sobre todo o poder, uma vez que não é nossa, mas do Deus vivo, e do seu Cristo, que o Pai constituiu Rei, para que domine de mar a mar, desde os rios até os confins da terra.