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Quatro coisas eu devo temer

Deus, eu mesmo, a tentação e o pecado.

Devo temer a Deus por sua grandeza; meu eu, por sua enfermidade; a tentação, por seu perigo; e o pecado por sua contaminação. Devo temer a Deus com amor; a mim mesmo com cautela; ao pecado com ódio; e à tentação com determinação. O temor a Deus vai tirar o temor do homem; o temor a mim mesmo irá moderar o amor próprio; o temor ao pecado alertará contra o pecado; e o temor à tentação será um antídoto contra a tentação. O meu temor a Deus deve ser com constante alegria; de mim mesmo, com constante tremor; do pecado com constante cautela; e da tentação com constante vigilância.

O primeiro é minha realização; o segundo, meu dever; o terceiro, minha sabedoria; e o quarto, minha prudência.

O temor ao pecado sumirá quando me aperfeiçoar em santidade e passar para a glória; o temor a mim mesmo cessará quando o meu eu for deixado de lado e Deus for tudo em todos; o temor à tentação, quando Satanás for pisado pelos meus pés. Mas o temor de Deus durará para sempre, somente o medo é removido quando o amor se aperfeiçoa e lança fora o medo; (pois o temor dos santos, lutando, com um corpo de pecado e morte, é atormentado nisto); mas não há tormento de medo nas hostes angelicais, que, com o mais profundo respeito e reverência diante do trono, cobrem o rosto com as suas asas. Vejo, então, que o amor, acompanhado do temor que lança fora o tormento do terror, habitará em cada seio glorificado.