Tu estás sempre em atividade, contudo sempre em descanso. Tu reúnes todas as coisas a Ti mesmo, embora não precises de coisa alguma… o erro Te entristece, mas não sofres qualquer dor. Podes ficar irado, mas sereno. Tuas obras são variadas, mas o Teu propósito é o mesmo… Recebes aqueles que vêm a Ti, embora nunca os tenha perdido. Nunca estás em necessidade, mas Te alegras em conquistar; nunca és cobiçoso, embora exijas um retorno de Teus dons… Perdoas as nossas dívidas, mas não sofres nenhum dano com isso. Tu és o meu Deus, a minha vida, o meu deleite santo.
Mas, isto é o suficiente a ser dito a Teu respeito? Algum homem pode afirmar o bastante quando fala a Teu respeito? No entanto, ai daqueles que se mantêm em silêncio no que se refere a Ti! Como foi maravilhoso eu ficar repentinamente livre daquelas alegrias infrutíferas que antes eu tinha medo de perder… Tu as expulsaste de mim; Tu, que és a verdadeira e a soberana alegria. Tu as expulsaste de mim e ocupastes o lugar delas… O Senhor, meu Deus, minha Luz, minha Riqueza, minha Salvação.